Diary Words

O bom tempo parece que deu lugar à chuva e à trovoada.

Não imaginas o medo que tive quando ouvi aquele trovão, tão forte, há bocado. Tive medo que te tivesse acontecido alguma coisa, tive medo por ti.

Estava a conduzir a vir para casa ao meio-dia, concentrado em ti. O meu corpo estremeceu, senti arrepios em mim, como se sentisse que alguma coisa poderia ter-te acontecido.

Estou cheio de medo ainda neste momento, não sei como estás desde há bocado, não sei se te feriste, se sentiste medo também, se te assustaste ou até não te consegues concentrar.

Ao não estar perto de ti, este sentimento aparece. É estranho, eu não tenho medo das trovoadas, mas tive-o agora.

Gostava que um dia me ligasses para saber se estava bem, que me acompanhasses. Eu sei que o teu coração é muito mais bondoso que o meu, é muito mais especial, sei que um dia sentiste isso por mim. E eu, o mínimo que posso fazer para te agradecer é dar-te durante toda a minha vida, o dobro de preocupação, dar-te o dobro de carinho, dar-te infinita atenção.

Hoje voltei a espreitar pela janela da porta da tua sala, desculpa, não me julgues por favor. Eram exatamente as onze horas e meia. A professora estava sentada, e naquele momento em que espreitei, a colega que estava ao teu lado com um casaco verde, tirou-o, pendurou-o na cadeira. Estavas na fila da frente, atenta, tão linda, com o cabelo solto que te torna numa princesa dos contos de fada.

Logo à noite quero falar mais sobre o que senti, quero agradecer-te, palavra por palavra num texto breve, sei que não fizeste nada, mas quero agradecer-te pelo que sinto dentro de mim. AMO-TE TANTO!!

Vou almoçar daqui a bocadinho. Sei que hoje não há cantina, irás provavelmente almoçar a algum lado, só queria ter almoçado contigo, ter ido ao bragaparque por exemplo, sentarmo-nos numa mesa, confortáveis sem o medo da trovoada e da chuva, e dizermos umas piadas, brincarmos um com o outro, sermos cúmplices naqueles momentos que seriam nossos, vividos de pertinho por quem amará para toda a vida.

Sou sempre genuíno, sinto as coisas na sua plenitude!! Sem ti não existo…